6 dicas de meditação para quem nunca praticou 

Vários são os benefícios conhecidos da prática regular de meditação: “focar no momento presente, acalmar o sistema nervoso e a mente, reduzir as emoções negativas, aumentar a produtividade, a autoconsciência, a paciência e tolerância connosco e com os outros”, observa Diana Carneiro, professora de Yoga. 

A responsável pelo projeto The Ocean Yoga partilha seis passos simples para começar a prática de meditação: 

1. Escolher o local

“O primeiro passo é a escolha do local. Podemos praticar dentro ou fora de casa ‒ no parque, na praia, onde for. Mesmo no local de trabalho, por pouco tempo, podemos parar uns momentos e meditar. O mais importante é escolher um local que seja sossegado e tranquilo, sem barulhos que nos possam distrair.”

2. Escolher a posição

“Outro passo é escolher a posição em que queremos meditar. Podemos fazê-lo sentados, deitados e até a caminhar, em movimento. Muitas vezes, a prática de Yoga [asanas] pode ser utilizada para meditar ‒ focando-se, por exemplo, na respiração, e movendo-se com ela.”

Diana Carneiro considera que “a posição mais comum é sentada”, sendo que “é importante estar o mais confortável possível”. “Se escolherem deitar-se tenham atenção para não o fazerem num momento em que estejam demasiado cansados ou num ambiente completamente escuro, pois é possível que adormeçam.” 

3. Escolher a duração

O terceiro passo é a escolha da duração da prática meditativa, considera a professora. “Podemos meditar por cinco minutos ou uma hora. Escolham uma duração adequada e confortável. Aconselho a começarem com cinco minutos por dia, ou cinco minutos de cada vez. Pode ser de manhã, à noite… mas sem se prenderem ao facto de terem de meditar. Escolham o momento ideal”, aconselha. 

“Usem um temporizador, se quiserem. O tempo é só um apoio, não é o mais importante. Se não conseguirem ou puderem meditar em determinado momento, não se culpem por isso. Façam no dia seguinte. Amanhã é outro dia.“

A professora observa ainda: “Fazemos o que podemos, quando podemos, mas tentando manter uma disciplina. A partir do momento em que escolhemos praticar, que nos comprometemos com esta prática, dedicamo-nos realmente a ela ‒ por muito curto que seja o tempo.”

4. Escolher o tipo de meditação

O quarto passo é a escolha do tipo de meditação, considera Diana Carneiro. “Existem muitos tipos de meditação, vários focos. Podemos focar-nos por exemplo na respiração, no corpo, numa paisagem.”

5. Observar os pensamentos sem julgar e voltar ao foco

“O objetivo de qualquer meditação é treinar a mente para lidar com perturbações que surgem do nosso dia a dia”, observa. “Embora talvez seja possível termos a mente em branco, sem pensar em nada, o objetivo da meditação é conseguirmos observar os pensamentos que vão surgindo e não os julgar, não parar para pensar, para desenvolver determinado pensamento. Em vez disso, observamos o pensamento a surgir e deixamo-lo passar. Voltamos ao nosso foco ‒ que pode ser, por exemplo, a respiração ‒ e mantemo-nos aí. E certamente a mente poderá voltar a divagar, mas voltamos a não nos julgar, e voltamos ao nosso foco.”  

6. Uma sugestão para começar a meditar 

A professora de Yoga sugere uma prática simples de meditação budista, “que se foca na respiração, mas que adiciona a contagem da respiração ‒ e essa contagem ajuda-nos a manter-nos focados.”

“Tomem a vossa posição de eleição, fechem os olhos, coloquem-se o mais relaxados possível. Inspiramos profundamente e contamos mentalmente um. Ao expirar, contamos dois. Inspiramos, três. Expiramos, quatro. E assim sucessivamente até dez. Cada movimento respiratório é um número, de um a dez. Chegando ao dez, voltamos ao um. E seguimos até dez novamente. Podem praticar esta técnica o tempo que desejarem.” 

Diana Carneiro observa que “a mente vai tentar fugir; mesmo com a contagem, ela arranja maneira de escapar. Se isso acontecer, voltem ao foco ‒ sem julgamentos ‒ e retomem a prática, sem desistir”.


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