Por Alexie Gigi (@444highvibrations), astróloga e influencer espiritual norte-americana*
Temos uma superlua cheia no signo de Carneiro/Áries nos dias 6 e 7 de outubro. “Super” porque está no ponto mais próximo da Terra, ou seja, mais brilhante, maior, com maior impacto tanto nas marés do oceano como nas nossas marés emocionais. É como uma lua cheia com esteroides – tudo fica amplificado.
E além disso, acontece em Carneiro, o signo mais ousado, apaixonado e explosivo. É energia de ignição, fogo cru, aquela chama no estômago que nos empurra a parar de esperar, de duvidar, e simplesmente agir. Esta lua pede coragem e libertação do medo.
Vai ocorrer a 14° de Carneiro, atingindo o pico às [4h47, hora portuguesa]. Vale a pena ver em que casa astrológica cai no teu mapa de trânsitos, porque é aí que sentes o impacto pessoalmente. Para mim, por exemplo, cai na 4.ª casa (família, lar, mundo emocional, energia feminina) – e a lua cheia exige-me aí uma “auditoria de identidade”: libertar medos, deixar de me encolher e assumir poder nessa área.

O eixo ativado é Carneiro–Balança/Áries–Libra: o Sol está em Balança (relações), a Lua em Carneiro (identidade). O tema é equilibrar o “eu” e o “nós”, aprender a ser autónomo sem se perder nos outros.
Em termos de trânsitos, há um aspeto relevante: quadratura com Júpiter em Caranguejo. Isso expande emoções, pode levar a exageros, mas também é impulso de sorte e abundância se for bem canalizado. É energia enorme que pode ser transmutada em ação corajosa.
Outro ponto: Neptuno está a 0° de Carneiro – grau de energia “bebé”, pura criação. É um convite para deixar a imaginação alimentar a reinvenção da identidade. Quem queres ser? Que realidade estás a criar? Para mudar, é preciso largar a velha versão de ti, mudar pensamentos, hábitos, perceções.
Energeticamente, esta lua fecha um ciclo iniciado nas luas e eclipses de 2024 no eixo Carneiro–Balança. É o fim de um capítulo, o encerramento de uma história antiga. E abre espaço para o novo.
O fogo de Carneiro, quando reprimido, transforma-se em frustração, irritação, exaustão. Por isso, a lua pede movimento e libertação. Raiva e frustração não são “erradas”, são mensagens de que a energia precisa fluir. A Lua cheia reflete aquilo que carregamos em excesso – e em Carneiro mostra a coragem engolida, os impulsos silenciados, as máscaras usadas.
O trabalho é claro: parar de encolher, fazer uma auditoria de identidade, libertar medos. Do outro lado do medo está o crescimento.
Rituais e práticas recomendadas:
- Ritual de libertação com fogo: escrever medos, hábitos antigos ou padrões a liberar e queimá-los simbolicamente.
- Movimento físico: exercício, dança, boxe, sauna, banho de sal — libertar energia retida no corpo.
- Auditoria de identidade (identify audit): refletir sobre quem és, quem queres ser, hábitos atuais versus objetivos, e identificar padrões a libertar.
- Meditação no plexo solar: ativar coragem, força de vontade e poder pessoal, através de respiração, meditação, sons (528 Hz, 126 Hz, 396 Hz para libertação).
- Shadow work: enfrentar crenças limitantes, medos e sombras pessoais.
O que não fazer
- Não te compares com os outros — cada caminho é único.
- Não queimes pontes desnecessariamente — libertação não exige destruição total; raiva pode ser sagrada sem ser imprudente.
- Não silencies os teus impulsos — canaliza a energia de forma consciente.
- Não te abandones em nome da harmonia — não comprometas a tua verdade ou poder pessoal só para agradar os outros.
Esta lua cheia em Carneiro é um chamado para sermos ousados, assumirmos quem somos e queimarmos o medo para dar lugar ao próximo capítulo.
* Artigo adaptado livremente do vídeo “This Aries Supermoon Is Rewriting Your Identity (Powerful Energy)”, de 4 de outubro.
Ver o vídeo:
Foto de Анна Рыжкова
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